quarta-feira, setembro 30, 2015

Bangkok street food


Saímos do templo Wat Trimitr e começámos a caminhar por ruas estreitas, cheias de pessoas, motas e carros, além das pequenas carroças transformadas em cozinhas transportáveis. Diziam-nos os sketchers de Banguecoque que por ali estava a melhor street food que se podia encontrar. Era um pouco mais cara, valores próximos dos de um restaurante, mas que valia a pena. Esganados de fome lá o encontrámos a cozinhar freneticamente na parte de trás da sua carrinha/cozinha. A escolha do prato era simples: a especialidade da "casa". Enquanto esperámos (eu, a Ketta, o Pramote, o Luís Simões e a Veronica Lawlor), desenhámos, pois claro. 

Aprendi uma coisa neste dia: para comer street food, há que ver o cozinheiro a prepará-la no momento. É o melhor critério para se saber que é de qualidade.

terça-feira, setembro 29, 2015

The largest solid golden Buddha


"Depois de muito hesitar, lá decidi entrar no templo Wat Trimitr. 
Cem Baths para ter o bilhete de entrada, subi a escadaria e fiquei logo com vontade de desenhar a vista lá de cima, mas não perdi o foco que me tinha levado a entrar e procurei a entrada. Ali mesmo, percebi que era necessário tirar os sapatos pois só se pode entrar descalço. Assim fiz e, assim que entrei, encontrei um Buda dourado de uma escala enorme. Rodeavam-me várias pessoas - umas turistas, outras crentes - e eu percebia muito pouco dos rituais que ali assistia. Queria desenhar, mas nem sabia por onde começar. Sentei-me no chão, encostado à parede e fiquei ali um bom bocado de tempo de boca aberta sem saber por onde começar...
... iniciei pela arquitectura interior e terminei com o buda. Entretanto o telemóvel tocou: era a Ketta a chamar pois estavam todos à minha espera para almoçar. Não dei pelo tempo passar... saí, calcei-me e desci rapidamente do templo com o desenho inacabado..."

[transcrição do texto original do caderno]

domingo, setembro 27, 2015

Wat Trimitr temple - Bangkok


No dia em que chegámos a Banguecoque não houve tempo para desenhar: sair do aeroporto, boleia para o hotel, procurar um sítio para jantar, comida para o Matias, etc, etc.

No dia seguinte, o Pramote levou-nos até um dos principais templos da cidade: Wat Trimitr golden Buda (o templo com o maior Buda em ouro maciço do mundo!). 
Não havia dúvidas que era um local especial e para desenhar. Deambulei à volta do templo para sentir o local. A agitação era muita, vozes de monges através de microfones, vendedores de rua, turistas, escolas com crianças no recreio, carros, buzinas, enfim, o frenesim de uma zona com a China Town ali mesmo ao lado.

O Matias estava no carrinho e a ficar irrequieto, pelo que a Ketta ficou numa mesa de café à sombra e eu fui à procura do melhor ângulo (uma esquina, claro!). Cinco minutos depois de começar o desenho, surpreende-me a Veronica Lawlor! Também tinha vindo de Singapura para desenhar em Banguecoque. Sorrisos, conversa rápida, indicações de onde estavam os outros e toca a seguir com o desenho. Quando terminei o templo, parecia-me imperativo que um monge também viesse para o meu caderno. Tímido, mas simpático, lá percebeu que eu queria desenhar e permitiu.

No final, além da Veronica, ainda estivemos com o Luís Simões, o Pramote e outros urban sketchers de Banguecoque que se juntaram a nós. Parece que o Pramote tinha marcado um evento no facebook e, como eu ainda não aderi, não sabia de nada. Pelo menos fui o único a ter surpresas constantes durante o dia! :)

Então e não desenhaste o maior Buda de ouro do mundo? Claro que sim. Virá no post seguinte!

sábado, setembro 26, 2015

Alfabeto Lisboeta - técnicas


Como o primeiro Alfabeto Lisboeta correu tão bem, eu, o Zé Louro e a Ketta, andámos a cozinhar nestes meses um segundo alfabeto que trouxesse novidade a quem já desenhou tanto Lisboa e para os que estão ansiosos por começar!

De A a Z, vamos percorrer 26 técnicas de desenho, uma por cada letra. O programa deu luta, mas é mesmo aliciante!

No ano passado conseguimos ter uma das sessões em masterclass com a Marina Grechanik e, dependendo das inscrições deste ano, pretendemos convidar outro formador internacional.

No programa detalhado poderão ver os museus que vamos visitar, os materiais que estão incluídos (entre os quais um caderno Laloran de grande formato como nunca imaginaram!) e os locais de todas as sessões.

Continuamos com dois horários, mas com uma novidade: no Verão as sessões são semanais à quarta feira enquanto no Inverno serão quinzenais aos sábados.

Inscrições, calendário, dúvidas e programa detalhado: linhares.mr@gmail.com

sexta-feira, setembro 25, 2015

Mapa asiático


Aqui está a primeira página do meu diário de viagem. 
Curiosamente, todos os desenhos de Singapura foram feitos no caderno que estava a usar e, mal acabou o Simpósio, iniciei este caderno para começar a viagem. Talvez porque sinta que estive no Simpósio em trabalho, só a partir da viagem para Banguecoque é que começou a minha viagem a 3: eu, a Ketta e o Matias.

Os bilhetes de avião foram sendo acrescentados...

quarta-feira, setembro 23, 2015

Sketch walk Singapore

No último dia do Simpósio houve uma correria à melhor loja de artes de Singapura. O produto mais vendido foi a caneta Hero. Eu e a Ketta, como não podia deixar de ser, também comprámos uma. Com ela na mão, havia que experimentar e arriscar nas páginas do caderno (afinal de contas, é para isso que ele serve). Neste desenho, há como que um sentimento de criança que pega pela primeira vez numa caneta. Ora se rodava e pressionava ou então tentava-se perceber como é que a delicadeza passava para a linha preta. Experiências portanto...

 Tal como aconteceu em Lisboa, o que me parecia absolutamente mais fascinante eram as 400 pessoas vindas do mundo inteiro para desenhar juntas. Não conseguia tirar os olhos delas e toda a paisagem à volta me parecia desfocada. 
Continuei a experimentar a caneta Hero...

Estava uma francesa perto de mim a fazer uma aguarela lindíssima. Uns sentados, outros em pé com cavaletes, outros ainda a tirar fotografias à multidão de urban sketchers ali centrados e concentrados a desenhar.
O simpósio USk é uma experiência única e saímos de lá sempre com a sensação de que para o ano temos de estar lá de novo!

terça-feira, setembro 22, 2015

Shari Blaukopf Singapore watercolors

O trabalho da Shari em aguarela é tão bom que não podia desperdiçar a oportunidade de a ver a trabalhar e aprender com ela.


O primeiro exercício passava por compreender bem as manchas de maior luz, maior sombra e tons intermédios. Primeiro um esboço rápido a lápis e depois só com tons de azul. Muito interessante a forma como ela marca os brancos e como simplifica tudo em três layers de aguarela.


Depois dos estudos, teríamos de nos lançar a uma perspectiva mais complexa e usar as cores. "Começar pelos fundos e terminar nos negros" poderia ser o resumo sintético do workshop dela. No final ainda houve tempo para uns salpicos. Afinal de contas estávamos em Singapura! 

sexta-feira, setembro 18, 2015

Singapura a tinta da china



Depois de um workshop inacreditável com o Kiah Kiean em que nos pediu para expandirmos estendermos o nosso desenho e nos ensinou a fazê-lo, tentar colocar todo esse conhecimento em prática era um desafio brutal...

Situados no último piso do biblioteca pública de Singapura, parecia que o mundo inteiro estava ali à frente para ser desenhado. O Kiah Kiean, por ser canhoto, começa sempre o desenho da direita para a esquerda. Eu, por ser destro, comecei da esquerda para a direita. Devagarinho, a experimentar os materiais imprecisos (paus afiados à navalha) e com uma série de folhas soltas para encher, lá fui preenchendo o espaço em branco.

A liberdade de traço é incrível e fiquei mesmo fã. Vou repetir este processo mais vezes, experimentando diferentes paus e manchas.
Fiz alguns vídeos dele a trabalhar e a preparar os materiais. Deixo aqui este para aguçar o apetite!




Alguns dias depois, eu, a Ketta e o Matias, tínhamos de ir ver e desenhar a famosa Marina Bay de Singapura. A flor de Lótus que é um museu, aquele espécie de barco em cima de três torres, o passadiço, a arquitectura e tudo o mais por trás que ficou por ver e desenhar.
Peguei nas minhas ferramentas novas e, sem saber bem como, lá peguei nas folhas e comecei a desenhar. O tempo passou, fomos jantar, e chegámos já bem noite escura ao hotel...


O Matias dormia profundamente..

quinta-feira, setembro 17, 2015

Simpósio em Singapura


Estou, finalmente, de regresso a Portugal e já com um bocadinho de tempo para digitalizar desenhos.
Queria, há muito tempo, ver a Veronica Lawlor a desenhar e fazer um workshop dela. Quis o destino que isso acontecesse em Singapura. Foi muito desafiante e deu para perceber como é que ela chega a resultados tão inesperados e soltos. 
Sobre o conteúdo do workshop, a Fernanda Lamelas fez um resumo muito bom aqui, pelo que humildemente remeto-o para o blogue dela.



Passado uns dias encontrei a Veronica novamente em Banguecoque. Aí deu para vê-la a trabalhar como ela gosta: folhas soltas, muitos aparos diferentes, lápis de cor, tintas, etc, etc.
Só de a ver a trabalhar deu para aprender mais do que imaginava...

quarta-feira, setembro 02, 2015

Timor

Quase, quase de partida para casa, hoje estive a desenhar nesta praia paradisíaca em Díli.
Comecei com os pés dentro de água (que me dava um pouco acima dos calcanhares) e terminei já com água pelos joelhos...



Claro que o desenho ficou a léguas de distância da qualidade deste local....