quinta-feira, abril 21, 2016

La Tourette - land art


Um dos exercícios propostos aos nossos alunos baseava-se na Land Art e de como podemos e devemos habitar o nosso território.
Com um terreno próximo dos 60 hectares, cada um deveria descobrir o seu habitáculo e fazer ali uma intervenção artística que não danificasse a natureza. A isto seguiu-se um percurso de visitas aos habitáculos e respectiva explicação:
- A Anabela espetou ramos no chão, simbolizando as rotinas diárias e as quebras dessas rotinas.
- A Ana S. juntou ramos caídos num tapete metafórico à entrada de uma escadaria, como que a convidar-nos a entrar.
- O Francisco colocou ramos no caminho guiando-nos até à gruta, de onde se avistava o convento.
- A Eva foi para fora dos muros do convento e queria reconstruir as partes caídas com ramos caídos.
- A Rita A. encontrou uma bifurcação e colocou ramos no chão a simbolizar as escolhas que fazemos.
- O Vasco encontrou a base de uma árvore cortada, coberta de musgo, e alinhou vários ramos centralizados com a base do tronco.
- A Sofia colocou paus e pedras a proteger uma flor que estava a despontar.
- O Manuel Tiago juntou musgo num abrigo e colocou uns ramos encostados como assinatura.
- O João L. alinhou ramos por cima do musgo como respeito pelo espaço.
- A Matilde encontrou um código gravado numa pedra e reproduziu-o em grande através de ramos caídos.
- O Rafael pegou em ramos caídos e deu-lhes uma segunda vida, centralizados e alinhados ao alto.
- A Carolina M. bloqueou o caminho para nos obrigar a parar e observar o que nos rodeia.
- A Rita B. transportou ramos e troncos e fez a sua cama com uma vista paradisíaca para o prado verde em frente a um muro caído.
- Eu: pedi que todos gravassem nos seus smartphones o som do percurso que estavam a fazer até chegarmos ao meu local e, chegando lá, que colocassem "play" para termos as feridas sonoras do nosso impacto na paisagem. Fiz um vídeo com o som coletivo que fica guardado para a história...

2 comentários:

Henrique Vogado disse...

Belo exercício. Puxa mesmo pelo pela criatividade e surgem coisas inesperadas. Aprendo muito pelo teu blogue. Abraço!

L.Frasco disse...

Grande ideia, Mário! Seja o exercício da Land Art seja a pegada sonora!